Mensagem perdida

Eu te amo cara, e não nego. Te amo mais que a mim, e ainda hoje choro por não ter você comigo, fico desajeitado do teu lado e não consigo disfarçar. Lembra do carrinho de bombeiro que o teu irmão trocou, e tu querias muito aquele carrinho, quando ele voltou pra ti, tu brincaste com ele à noite toda? Tu foste o meu carrinho que se foi e não voltou.

-Eu te ligo depois. Foi a ultima coisa que tu me disseste. Esperei ansiosamente esse telefonema que nunca aconteceu. Foram 8 meses sem te ver, e é muito difícil admitir pra mim que eu te amo, apesar de todo mundo saber.

Cara, tu não tens noção do que é amar alguém e esse alguém não ser teu, sempre procurava atento tuas atualizações no Orkut para saber como tu estavas, era a única coisa que eu podia saber de ti. Pior é a dor que se sente. Ninguém entende! O meu perfil, as minhas frases, tudo sempre foi pra ti. Será que entendeste?

Eu sempre deixava recados, mandava mensagens, ligava, até que um dia eu assimilei o que estava acontecendo. Confesso que não gostaria de entender. Foi à morte declarada. E o que mais dói é o silêncio. Esse aldito silêncio que arquitetou milhões de pensamentos e intenções para explicar o por quê desse fim, mas eram apenas especulações, nada concreto. Até que um dia, 8 meses depois, outro alguém me diz um por quê, era tudo o que eu queria ouvir, e fico imaginando quanto sofrimento esse por que teria evitado se fosse dito antes.

Mesmo assim eu não consigo sentir raiva, ainda hoje procuro as atualizações pra saber como tu estais, me preocupa o teu humor, e me alegra as tuas conquistas, comemoro como se fossem minhas. Quero te ver bem, quero te ver feliz, quero te ver sorrindo, essa é uma forma de amor que eu ainda não tinha experimentado.

Fui muito feliz contigo e te amo de uma forma que talvez eu nunca mais ame ninguém. Esse é o amor que eu quero guardar pra ti. Guardá-lo, mas sem vivê-lo – algumas coisas aparentam um bom aspecto se somente apreciadas.

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