Homens de Papel

Como todas as vezes eu penso em agradecer, contemplar, elogiar e ovacionar aos atores que em cena me fazem lembrar que a maturidade me trouxe sentimentos e me fazem crer que aquela arvore seca que eu era hoje esta enraizada e bem fixa e não treme na mais forte tempestade, se sensibilizar por esta historia opressora me ressaltou ainda mais essa minha concepção, mas a timidez não me deixa/nunca me deixa, porem posso fazer isso por aqui mesmo, prestar minha homenagem a atriz que com sua personagem, que após perder sua filha revela uma força interior extraordinária, me desculpe não conheço a pessoa em si, somente sei seu nome Nathalie de Abreu/Nhanha, que é Desafiadora, é Mãe, é Mulher, é Esposa, é o BOM SENSO.Toma pra si um discurso “ganha no grito” fazendo não tão somente despertar humanidade no opressor Berrão e sim em todos que assistem a essa memorável interpretação.
"Tu é que está louco de medo. Atira! Tem medo, seu puto? Então dá o dinheiro!
Anda, dá a grana, ou atira! Atira! Tu me mata. E daí? Estou cagando um monte desse tamanho pra morrer. Já morri um cacetão de vezes, tá bom? Morri de fome, morri de frio, morri de medo, morri de ver a minha cria morrer. E agora chegou a tua vez. Atira! Atira! Anda, atira! Mas, tu não escapa. Gasta a tua verdade aqui no meu peito. Anda! Daí, eles te pegam e te azaram. Esta é a hora de acertar as contas. Quem tiver se danado mais está com a razão. E não vai ter canhão pra mudar o resultado. Anda, atira!Atira! "
Só de relembrar essa fala e a interpretação meus olhos enchem d'agua, me corre uma arrepio pela espinha. E por de trás dessa tela eu posso chorar a maneira que eu quiser, pois aqui não preciso me conter pois aqui sou eu, somente eu e mais ninguém, pois ainda mesmo preso a frase "homens não choram". A alma não tem sexo, não tem forma, ela simplesmente existe e eu descubro a cada dia que a minha precisa ser desafiada

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